sexta-feira, 5 de junho de 2015

Entrevista: Jornal Comércio do Jahu - Poupança se torna menos atrativa para Jaú

Hoje quero compartilhar com você uma nova conquista. Isso mesmo. Tive o privilégio de conceder uma entrevista para um jornal do interior de São Paulo sobre o tema poupança.

Vou aproveitar e criar o tópico Entrevista, pois sei que desse primeiro passo, com a graça de Deus, muitos outros surgiram, assim, quero através desse artigo, compartilhar com vocês as entrevistas que eu for participar, para que vocês também aprendam com o que os nossos jornalistas questionam.


Para saberem, essa entrevista aconteceu no dia (26 de maio de 2015) em que mandei meu artigo sobre aposentadoria para DSOP analisar e publicar no site. Assim que encaminhei o e-mail, recebi o convite se eu poderia participar dessa entrevista, que seria sobre o tema do meu primeiro artigo compartilhado com eles. No caso o Poupança: O que está acontecendo com ela?. Pensei e respondi que sim.

No mesmo dia, a noite, recebi o telefonema do jornalista, que me fez várias perguntas, e respondi a todas elas. A principio fiquei um pouco nervosa, primeira experiência, mas consegui responder. Só fiquei com aquele gostinho de ter falado mais, sabe quando você pensa, planeja falar uma determinada ideia, e na hora ela não sai tão perfeita quanto imaginou.

Então segue aqui o fruto dessa conversa. 


Poupança se torna menos atrativa para Jaú

Comparativo entre os meses de fevereiro de 2013 a 2015 mostra queda das aplicações

O aposentado Luiz Alberto Petian, 62 anos, costumava guardar sobras de dinheiro na caderneta de poupança até 2014. Do ano passado para cá parou de fazer os depósitos. “Não está sobrando”, resume. Assim como Petian, outras pessoas estão com dificuldades para poupar na atualidade.

Dados do estoque de poupança do Banco Central (BC) mostram que a realidade do aposentado é a mesma de outros moradores de Jaú e de municípios da região. O Comércio apurou os montantes consolidados desse tipo de aplicação no mês de fevereiro de 2013, 2014 e 2015 – o estoque de fevereiro deste ano é o mais atual disponibilizado pelo BC.

A variação porcentual entre os períodos mostra que as aplicações sofreram queda. Entre 2013 e 2014 os porcentuais variaram de 12,26% a 18,75% na região. Entre 2014 e 2015 Bocaina registrou variação negativa e Jaú teve oscilação positiva de 7,91%.

Considerando-se que a correção monetária do último período foi de 7,05%, para boa parte das cidades praticamente não houve depósitos ou saques nas agências bancárias situadas no Município.

Na opinião da educadora financeira Cíntia Senna, da DSOP Educação Financeira, as mudanças de comportamento podem ser explicadas pela perda de confiança das pessoas no governo e pela divulgação constante dos casos de corrupção.

Ela aponta também o aumento do desemprego, dos impostos e de itens como a energia elétrica. “Muitas famílias usaram o recurso que tinham na poupança para uma emergência”, diz Cíntia.

Conhecimento

Para o economista José Dutra Vieira Sobrinho, professor de matemática financeira e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon) de São Paulo, outra explicação está na migração dos investimentos.

“Está havendo divulgação maciça da informação de que a poupança perde para a inflação e que existem outras aplicações melhores”, comenta. “Uma das possibilidades é que há transferência dos recursos da poupança para outras aplicações cuja rentabilidade é maior.”

O economista adverte que para o pequeno aplicador a poupança é a melhor opção. Quem pretende trocar de investimento deve verificar as taxas de administração cobradas pelas instituições financeiras, se há incidência do Imposto de Renda e ter conhecimento do período em que o dinheiro terá de ficar aplicado e de que forma é corrigido.


Imagem: Pixabay

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